por Sabrina Scarpare
fotos arquivo pessoal das viajantes
fotos arquivo pessoal das viajantes
Essa não é a minha história. Quero dizer, não é só a minha história. Essa viagem foi traçada por 13 amigas de Piracicaba, no interior de São Paulo, que marcaram uma viagem de aventura para conhecerem os cânions de Aparados da Serra, na cidade de Praia Grande, na divisa dos estados Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no sul do Brasil. Quem lançou a ideia e começou a falar nesse roteiro, despertando vontades e curiosidades em todas nós, foi Luciana Koury, proprietária da agência Nas Nuvens Turismo, em Piracicaba. Ela precisava de alguns dias off, depois de cinco anos trabalhando sem cessar. Pensando no que poderia fazer e para aonde ir, ela pensou nesse roteiro incrível que fizemos no dia 29 de agosto de 2016.
A IDA Fomos de van até o aeroporto de São Paulo. Partimos de Guarulhos com destino a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Lá, o guia Guilherme Mainieri nos esperava com uma van e um carro (tinha muita mala!), com destino ao Costão da Fortaleza, o Logde que ficamos nos seis dias de passeio. Do aeroporto ao Lodge, a viagem teve duração de duas horas e pouco. Durante o percurso, vimos muitas azaléias. Uma mais linda que a outra! O Logde é um lugar extremamente agradável, familiar, no meio da natureza, com uma diversidade enorme de pássaros que podem ser observados durante todo o dia. As refeições são divinamente preparadas pela matriarca, Ana Maria e sua filha, Alana, a chef de cozinha. Não é exagero elogiar novamente. As comidas são mesmo muito, muito boas! Os quartos e banheiros são agradáveis, limpos, bem cuidados e confortáveis.
CONHECER O CANION 1º dia de aventura: Canion Malacara Acordei às 6h e vi pela janela do meu quarto a famosa névoa do sul, estampada na serra. Era muito bom estar ali, conhecendo, vendo e respirando uma outra parte do Brasil que, para mim, ainda era desconhecida. Saí para ver o dia amanhecer. Vi cores diferentes, visual diferente, escutei barulhos diferentes. Lindo! Em frente ao meu quarto, árvores de Flor de Laranjeira espalhavam um delicioso cheiro de natureza, com muitos pássaros circulando por entre elas. Todas prontas! A saída para o primeiro canion foi às 9h, após o café da manhã. Eu nunca tinha visto um canion de perto. Só em filmes e fotos. Mas garanto! A sensação de ver um, de perto, com os próprios olhos, sentindo o corpo arrepiar-se de tanta beleza, é algo realmente inesquecível. Do começo da trilha ao fim, pisamos por pedras grandes, pequenas, médias…de todos os tamanhos. Ao olhar tantas pedras e saber que todo o caminho seria pisando em diversas delas, eu parei pra pensar como seria dar todos aqueles passos…ida e volta, a dor no pé. Por isso a importância de usar sempre um calçado que seja confortável e próprio para esse tipo de passeio. Seguimos viagem. Andando e indo adiante, parando pouco, com concentração a cada passo. O caminho das pedras se tornou algo superior; como se fosse um desafio a ser traçado, sem reclamação. Quanto mais eu andava, mais eu queria me interagir com a beleza que se formava diante dos nossos olhos. Todas as meninas se saíram muito bem durante o percurso. Os guias Guilherme Mainieri e Mauricio Dalcin nos ajudaram a todo momento. Algumas paradas durante o percurso para tirar fotos foi fundamental. A trilha teve duração de 4 horas, aproximadamente, ida e volta. A dificuldade foi leve. Algumas das meninas usaram o bastão de caminhada para ajudar nos obstáculos e equilíbrio. Eu não usei e foi tranquilo. Paramos para almoçar num restaurante bem simples, com comida deliciosa feita no fogão à lenha e depois partimos para fazer arvorismo. Foi um dia feliz e cheio de novidades. Eu fiz, pela primeira vez, arvorismo. Senti medo, mas muita emoção também. Faria de novo, em outro lugar.
Devidamente com perneiras, as aventureiras prontas para começarem a primeira trilha: Acácia Altomar, Tica Rensi, Valeria Baggio, Sabrina Scarpare, Rose Maluf, Claudia Zubaran, Ana Claudia Muçouçah, Juliana Agosta, Luciana Koury, Aleteia Cassano, Adriana Ricciardi, Karen Piedade e Jacqueline Tegon
2º dia de aventura: Trilha do Rio do Boi
Depois de uma boa noite de sono e um café da manhã de acordo, estávamos prontas para uma das trilhas mais esperadas: a do Rio do Boi, no interior do Canion Itaimbezinho, dentro do Parque Nacional dos Aparados da Serra. Foi um dia de muitas emoções afinal, íamos explorar uma das trilhas mais difíceis de se fazer, pelas suas subidas, descidas e obstáculos. E claro, muitas pedras! Já no começo da trilha, uma senhora subida nos mostrou que o respeito com a natureza faz parte de todo roteiro. Sobe, desce, para, respira,olha, agradece! Foi caminhando nesse lugar que parei pra pensar bem a sério, pela primeira vez na minha vida, o poema escrito por Carlos Drummont de Andrade “No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho. Tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra”. Brincadeiras a parte, a trilha foi mesmo sinuosa e com a ajuda dos guias Mauricio e Leonardo, fizemos 20 travessias no rio, subimos e descemos pedras, e vimos um grande espetáculo da natureza. Entre as rachaduras, cachoeiras, plantas e pássaros surgiam. Andamos cerca de 7 horas, ida e volta, parando para comer, tirar fotos e apreciar a vida. Entre os vários momentos especiais desse dia, pude observar o trabalho em equipe feito pelo grupo todo, em dar as mãos para atravessar o rio, que não estava cheio, mas com água o suficiente para molhar e nos tirar o equilíbrio entre as pedras escorregadias. Tudo vale a pena feito com carinho e atenção! Voltamos cansadas, mas com felizes com a missão feita com sucesso.
Depois de uma trilha pela terra, começa o caminho das pedras, que é trilhado de duas formas: pela lateral do rio (como estão as meninas na foto), e fazendo a travessia do rio, dependendo do que a guia nos orientava, como na foto abaixo.
Na chegada do fim da trilha do Rio do Boi, vestimos a camiseta da Nas Nuvens Turismo e fizemos a clássica foto de quem chegou lá: mãos dadas para cima, felizes e agradecidas por termos conseguido mais um desafio.
3º dia de aventura: Canion Fortaleza
Essa trilha é feita na borda do canion, ou seja, na parte de cima. Era um outro visual… ver de cima para baixo. O dia não amanheceu dos melhores. Estava nublado e com névoa! Mesmo sabendo que a possibilidade de visibilidade era pouca, arriscamos e fomos até lá, numa viagem de van. O trajeto durou cerca de 1h30. O nível da trilha para chegar ao topo foi leve e moderada, com caminhada de 20 minutos. Apesar da névoa forte, o visual todo branco que se formou era lindo. O guia nos contou que, se um vento forte surgisse, havia a possibilidade de abrir o tempo. Mas isso não aconteceu. Estava tudo branco. Parecia que ali era o fim do mundo, como se não existisse mais nada além dali. Pausa para fotos, comer banana, bala, castanhas e selfies. Na volta para o Logde, parada na fazenda Sabores da Querência, que produz geléias deliciosas de diversos sabores. Paramos para experimentar e comprar as geléias de nossas preferências e apreciar mais um pouco da natureza. Nesse dia, vimos uma cobra linda verde, que, segundo os nativos, não era venenosa. Eu, hein!
Essa trilha é feita na borda do canion, ou seja, na parte de cima. Era um outro visual… ver de cima para baixo. O dia não amanheceu dos melhores. Estava nublado e com névoa! Mesmo sabendo que a possibilidade de visibilidade era pouca, arriscamos e fomos até lá, numa viagem de van. O trajeto durou cerca de 1h30. O nível da trilha para chegar ao topo foi leve e moderada, com caminhada de 20 minutos. Apesar da névoa forte, o visual todo branco que se formou era lindo. O guia nos contou que, se um vento forte surgisse, havia a possibilidade de abrir o tempo. Mas isso não aconteceu. Estava tudo branco. Parecia que ali era o fim do mundo, como se não existisse mais nada além dali. Pausa para fotos, comer banana, bala, castanhas e selfies. Na volta para o Logde, parada na fazenda Sabores da Querência, que produz geléias deliciosas de diversos sabores. Paramos para experimentar e comprar as geléias de nossas preferências e apreciar mais um pouco da natureza. Nesse dia, vimos uma cobra linda verde, que, segundo os nativos, não era venenosa. Eu, hein!
4º dia de aventura: Borda do Canion Itaimbezinho
O dia amanheceu fechado de névoa, novamente. Tomamos café da manhã e pegamos a van. Foram duas horas de viagem até a entrada desse canion. Como o dia estava muito fechado, em conversa com o guia e com o grupo, decidimos não ir até a borda, pois a visibilidade era zero. Nesse dia, aproveitamos para conhecer a cidade Cambará do Sul, onde compramos mel, artesanatos locais e almoçamos num restaurante acolhedor, com comida caseira, feita no fogão à lenha. Voltamos pra casa sem ter essa imagem da borda de um canion. Tudo bem, não tem problema. Isso só me instiga a querer voltar, um dia, para ver esse espetáculo da natureza. Diante de tantas coisas vistas e vividas, nos seis dias de viagem, o saldo foi extremamente positivo. Muito positivo! Posso afirmar que essa viagem de aventura mudou meu jeito de pensar e de viver com as trilhas, com viagens de aventura, me incentivando a criar meu blog (que logo estará no ar) e a escrever essas sensações que uma viagem pode nos proporcionar. Até o próximo embarque!
O dia amanheceu fechado de névoa, novamente. Tomamos café da manhã e pegamos a van. Foram duas horas de viagem até a entrada desse canion. Como o dia estava muito fechado, em conversa com o guia e com o grupo, decidimos não ir até a borda, pois a visibilidade era zero. Nesse dia, aproveitamos para conhecer a cidade Cambará do Sul, onde compramos mel, artesanatos locais e almoçamos num restaurante acolhedor, com comida caseira, feita no fogão à lenha. Voltamos pra casa sem ter essa imagem da borda de um canion. Tudo bem, não tem problema. Isso só me instiga a querer voltar, um dia, para ver esse espetáculo da natureza. Diante de tantas coisas vistas e vividas, nos seis dias de viagem, o saldo foi extremamente positivo. Muito positivo! Posso afirmar que essa viagem de aventura mudou meu jeito de pensar e de viver com as trilhas, com viagens de aventura, me incentivando a criar meu blog (que logo estará no ar) e a escrever essas sensações que uma viagem pode nos proporcionar. Até o próximo embarque!